domingo, 16 de janeiro de 2011

Me Prova!

-Ah, - suspirou Rezende - nem pra ficar?
-Nem pra ficar. - repetiu Rafael, que logo criou um sorriso maléfico no rosto
-Fazer o que, né? - disse Rezende - Se é pra confiar em um amigo.
-Bom mesmo...quer dizer...é, é o que eu disse.
Bate o sinal para a segunda aula, enquanto todos trocam de sala.
-Coisa chata. - gritou Rezende, para Alice - Que aula nós temos agora?
-Matemática. - disse Alice, entrando na sala.
-E lá vamos nós. - disse Rezende, que foi puxado por Alice.
Dentro da sala estava um professor, sentado na mesa, olhando os alunos que chegavam.
-Todos sentados, sentados. - disse o professor, fazendo um gesto com os braços - Pessoal, silêncio!
-Senta logo, Alice! - disse Rezende, puxando ela para a carteira
-Calma, muleque! - disse Alice, um pouco alto de mais
-Silêncio, por gentileza. Silêncio, por gentileza. - dizia o professor, olhando para Alice e Rezende
-É esse o professor? - sussurou Alice para Rezende
-É, - disse Rezende - por quê?
-Porque não era o professor de matemática que ia nos ajudar? - perguntou ela
-É - disse Rezende - e dai? Você realmente acha que ele pararia uma aula para falar com a gente? Vai sonhando...ele nunca falta em nenhuma aula, portanto nós temos bastante tempo. 
-Bastante tempo... - returcou Alice - isso aqui é um saco!
-Eu sei, - disse Rezende deitando a cabeça na carteira e fechando os olhos - mas é obrigatório.
A aula foi se arrastando durante aquela hora, até que bateu o sinal.
-Vocês dois, - disse o professor, apontando para Alice e Rezende - podem ficar. Eu preciso falar com vocês.
Todos os alunos que ainda estavam na sala fizeram um Uhhhh... e começaram a sair aos poucos.
Apesar do sangue frio que corria dentro de Rezende, Alice estava calma.
-Fala logo, quu eu to com pressa. - disse Alice, rolando os olhos.
-Olha como fala com ele, - disse Rezende, tremendo mais que eu batedeira - mais respeito!!!
-Da pra deixarem eu falar? - perguntou o professor batendo os dedos na mesa.
Os dois abaixaram a cabeça em sinal de submissão, apesar de Alice estar totalmente odiando em ser mandada a fazer tal ato.
-Então, - continuou o professor - agora posso?
-Se você quiser. - disse Alice, fazendo careta por tras do cabelo que tinha caido em seu rosto.
-Pois pois - disse o professor ignorando Alice - não sei como você veio parar nessa história, - disse ele, apontando para Rezende - mas temos algo a conversar.
Alice já estava quase sacando sua adaga quando o prpofessor fez um jesto para ela, dizendo:
-Calma, eu estou do seu lado!
-Prove. - disse Alice.
-Você acha que eu não sei sobre o seu vicio em doces, ou sobre a história do seu... - o professor picarreou um pouco  - bem, você sabe.
-Ah, não vai inventar. - disse Alice se retirando da sala - Qualquer um podia ter achado isso na internet.
-Perai, isso aqui é zueira, né? - perguntou Rezende, totalmente deslocado.
-Não - disse Alice - tem tudo no site de empresa ou vai me dizer que você nunca entrou?
-Infelizmente não. - disse Rezende - Desculpa se eu não sou um viciado em espionagem e assassinatos silenciosos.
-Ai que droga!!! - gritou Alice - Ninguém ta falando de assassinato, seu maluco!
-E pelo que eu saiba dos filmes do 007 tem muito assassinato e mulher gostosa, mas como não tem mulher gostosa aqui, relacionei logo com assassinato...
-Da pra voltar pro assunto? - perguntou o professor
- Então me prova realmente que você ta do nosso lado. - disse Rezende, se achando o ganhador do prêmio chefe espião do ano.
Naquele momento o professor pega o seu celular e digita uns números e tanto o pulso de Rezende como o de Alice começam a vibrar.
-Parece bem plausivel pra mim. - disse Rezende para Alice
-Ah, para com isso. - disse Alice - Essa coisa vibra até com a frequencia da policia! Me prova de verdade!
O professor murmurou alguma coisa para si mesmo e tirou do bolso uma carteira preta e verde, onde dentro havia um pedaço de papel, com a sua identificação, assim como a que Alice e Rezende tinham.
-Isso ta bom pra você? - perguntou ele
-Isso ai não é nada! - disse Alice
-Meu Deus, como você quer que o sujeito mostre que ta do nosso lado, sua frescurenta?
-Você, - disse Alice apontando pro Rezende - fica quieto e deixa isso comigo. E você, - disse ela, agora apontando para o professor - me diz qual é a pergunta e a resposta para se entrar na base.
-O que é o que é: - diz o professor - Numa pista circular, dois caminham sem tulmulto. A criança da uma volta, uma duzia anda o adulto.
-E qual seria a resposta? - indagou Alice
-O relógio. - disse o professor
-Filho da mãe! - disse Alice para Rezende com uma cara de surpresa.

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