segunda-feira, 23 de maio de 2011

De Base foi a Pó


Enfim, os três chegaram na base, e a primeira coisa que aconteceu foi a mãe de Alice vier correndo na entrada, correr em direção a filha, abraçá-la, olhar para o mais recente agente, dar um tapa na cara dele e dizer:
 -QUE PORCARIA FOI AQUELA? VOCÊ PODERIA TER MATADO A TODO MUNDO, SEU MOLEQUE!
-Mãe, não faz assim - disse Alice, segurando a mão da mãe no meio do caminho. - Faz assim. - disse ela, dando um golpe em Rezende, que o fez grunhir de dor no braço esquerdo.
-É né -disse Rezende- tal mãe, tal filha. Agora escuta o que eu fiz de errado? Esses dois já me encheram o saco tempo de mais!Por que você tá me batendo, então!?!?
 -Verdade -disse a mãe de Alice- eu tenho mesmo é que espancar o André, por ter te ajudado!
-Mas me chamaram! - defendeu-se André - Quem tem culpa disso é a sua filha!
-Claro, eu sou sempre a culpada. - gritou Alice, batendo os pés e entrando na base, indo direto para seu quarto.
-Ah, viu o que você fez? É tudo culpa sua! -gritou a mãe de Alice para Rezende.
 -Peraí, de quem é a culpa aqui? Se não se importar, eu tenho um jantar pra comer.- disse André
-Leva ela em um terapeuta - sugeriu Rezende, entre risadas.
 -Todos nós, - disse a mãe de Alice- agora escuta, aqueles dois não são tão facilmente enganados. Eles são espertos, aquelas caras são feitas de aço por dentro.
-Ah. - disse Rezende - Por isso que quando eu joguei um giz na cabeça dele o giz quebrou na hora...
-Não criança. - respondeu ela - Isso foi só modo de dizer. Não é literal. 
-Ah -disse Rezende- saquei.
 Naquela hora, ouviram um estouro, na entrada do esconderijo. Correram para ver o que era. -Ih -disse Rezende- f*deu.Naquele momento, surgiu um robô de altura média, 20 pés de altura com uma cápsula no lugar da cabeça, com Ana e Rafael no comando, totalmente restaurados.
 -Mas o que... Como... O quê?!? - disse Suemy, surpresa- não era pra eles estarem torrados agora? 
-Você não sabe como eles são - disse Alice, saindo da casa com um extintor de incêndio na mão.
- Eles são imprevisíveis, mas fáceis de acabar.
 Alice desarmou a trava do extintor que quase explodiu em espuma gelada, virando para a base do robô, fez com que tudo desse um curto circuito e atirasse o robô para longe, parecendo Pokémon. 
-Uou -disse Rezende- bom trabalho, agora volte para a pokébola.
 -Muito engraçado -disse Alice- vamos investigar esses 2, agora.
Então, chegaram perto do robô, sujo com uma espuma branca, e depois Alice, que ainda segurava o extintor de incêndio, quebrou o vidro do robô, e taparam os olhos, pois a fumaça que saia dali era forte.
 -Vocês não tomam jeito. - disse Alice, puxando Rafael pelo cabelo pra fora do robô
  -Não mesmo - diz Rezende, que pega Ana no colo, desmaiada.
 -Eu me rendo! - gritou Rafael - E vocês sabem o Código de Guerra.
_Alôô... A gente não esta em uma guerra. - disse Alice, puxando mais forte o cabelo dele.
-Caramba, vocês são duros na queda, hein! -disse Suemy, dando uma risadinha e entrando no que sobro da base.
-Aff, tá, o que vocês vão fazer com a gente? Jogar pó de "base" na gente? -disse Rafael, bem famoso por suas piadas infames.
-Ata que a gente só ia fazer isso mesmo... - disse Alice, abrindo a porta dupla para a sala de comando.
-Nossa, foi só uma piada - disse Rafael.
-Você chama essa m*rda de piada?
-Aff, Rezende, fica quietinho que ninguém falou com você - retrucou Rafael.
-Ninguém mandou eu vir aqui para prender um gordo que só sabe contar piada ruim. -disse Rezende
-Tá bom, - disse Suemy - da pra parar? Porque isso já vai virar briga
-Isso já é briga faz muito tempo. - disse Alice
-O que tá acontecendo? -disse Ana, acordando e movendo inconscientemente seus músculos.
-Nada! - gritou Alice, colocando um saco preto de pano na cabeça de Ana
-O que você ta fazendo? - gritou a garota, tentando afastar Alice, sem muito sucesso.
-Encare isso como umas simples perguntas. O que é diferente é que se você não me responder, eu vou estar com um chicote numa mão e uma panela com água fervendo na outra. -Disse Alice, fazendo Ana engolir a seco.
-Aproveitando que ela não vai estar vendo - disse Suemy, de um jeito que só Rezende pode escutar.
Rezende tentou reprimir o riso, sem sucesso.
-Eu não to brincando! - gritou Alice, quase enforcando Ana
-E quando eu disse que não acreditava?! -disse Ana, com uma voz fraca.
-Bom mesmo -disse Alice, dando um sinal para Rezende calar a boca.