domingo, 3 de abril de 2011

Ninguém me segura


Pode até parecer meio bizarro, mas havia um exército inteiro de homens armados atrás dos líderes Rafael e Ana. E Rezende estava tenso.
-O que nós vamos fazer agora? - perguntou Alice, enquanto ela e Rezende olhavam para Suemy.
-Eu posso ser a hacker, só que vocês que são treinados. - disse a garota, respondendo aos olhares.
-É, né, fazer o que? -disse Rezende, sacando o caderno, em posição de ataque.
 -UIAAAAAA... - disse um carinha vindo à frente do exército com uma espada samurai.
-Acaba logo com eles Rezende.
Então a luta começou.
Rezende simplesmente apertou o espiral do caderno, o transformando num machado, e decapitando o inimigo.
Lutar com um machado não é fácil, contra um cara de katana. Então, Rezende usou as habilidades manuais, ensinadas por André e aprimoradas pela Alice. Alice sentiu certo orgulho de ver a katana cortando o vento, nunca acertando Rezende, que se desviava de cada ataque, sempre com a mão, empurrando os lados da espada, e usando o cabo de ferro do machado como escudo. Num descuido do inimigo, ele trouxe a katana para perto dele, batendo o cabo do machado na cara dele. O inimigo havia caído. A decapitação foi rápida e bastante nojenta.
Claro, Rezende não faria isso 457 vezes seguidas.
Claro que a Alice tentaria ajudar com sua adaga.
Claro que a Suemy quase desmaio de nojo do derramamento de sangue.
Alice e Rezende trabalharam em equipe, as vezes trocando de arma, sempre movimentando-se de acordo com o movimento do companheiro, e sempre estavam atentos ao movimentos do inimigos do lado oposto, que poderia afetar esse parceiro.
 No final, exatos 455 agentes especiais foram mortos. Só faltavam mais dois.
-Agente vai deixar vocês pra depois. - disse Alice, apontando para os irmãos.
-É isso ai. - disse Rezende, puxando seu machado da cabeça de um aguente morto.
-Pra depois não; agora. É agora ou nunca, filhinha do papai. - disse Ana, com uma cara particularmente irritante.
Alice chegou cara a cara com Ana e estalou os dedos perto dos seus olhos.
-A gente que dita as regras. - disse Alice, empurrando ela, que foi para trás e quase caiu no chão
-É agora! - gritou Suemy - Corre!!!!!
E os três correram o mais rápido que aguentaram.
-Ah, não vão não! - disse Ana, subindo uma grade subterrânea, prendendo os três como cachorrinhos no canil.  Claro, junto com os gêmeos.
-Meu, - disse Alice se virando - eu já disse que te odeio?
-Não, mas você disse que era a minha amiga. - disse Ana, dando passos para frente.
-Mas no seu caso, - disse Alice avançando junto - é passado.
De repente, um vulto vai cavando na terra, e  direção a Alice. Ela simples mente saca a caneta/adaga, e afunda na terra, certeiro no objeto.
 -O que era exatamente isso que ela acabou de acertar? - sussurrou Suemy para Rezende, que também estava com o olhar fixo no chão onde a adaga acertou.
 -Isso- disse Alice, enfiando a mão na terra, tirando o negócio com uma mão, uma coisa que mais parecia uma bola de metal- é uma Earthbomb.
 E assim, jogou rapidamente no ar, e a coisa explodiu em 5 pedaços médios.
-Sabe o que podia acontecer? - perguntou Rezende, para ninguém em especial
-O que? - responderam todos, uns curiosos e outros não
-Isso! - disse ele, apertando um botão e explodindo cada grade de onde eles estavam presos, liberando o caminho para todos.
 -Como você fez isso?!?! - exclamou Suemy.
 -Bem- disse Rezende- digamos que eu sabia da armadilha, coloquei dois pregos enterrados no chão fora da cerca, mudei a direção do hemoglomicrofones para esses pregos, desativando o que segura as cercas...tá bom pra você?
 -Nerd-disse Alice.
 -Agora me diz, o André é um bom professor, né?-disse Suemy.
 -Talvez - disse Rezende- vamos, os pregos ficam desimantados daqui a pouco.
-Sabe uma coisa que iria funcionar muito bem? - perguntou Alice - Se eu soubesse o que é desimantados.
-Tá vendo? O André não é um professor dos melhores. - disse Rezende para Suemy e puxando Alice pelo cabelo.
-Eu odeio os que correm -disse Ana, que impressionantemente fez três dispositivos de aço sairem da terra, prendendo o pé direito de cada um deles.
 -Já sei. - gritou Alice, quebrando aquele silencio de alguns segundos.
Ela começou a balançar a cabeça de um lado para o outro loucamente, até quase cair no chão de tão tonta.
-O que você ta fazendo? - perguntou Rezende, tentando tirar o pé do dispositivo.
-Depois eu te falo.
 -Vai -ouve-se várias vozes num tom uníssono- agora!
 -Eu vou morre agora...vou morrer agora... - se ouvia Suemy sussurrando.
-AAAAAAI!!!-disse Rafael, ajoelhando no chão- Tssssssss...o que foi isso?!?
 -Não sei!!! - gritou Ana em resposta.
  De repente, um flash é lançado, Ana, sobrepõe a mão na cara, e depois cai no chão.
 -PUUUUUTZ, QUE DOOOR!!!!!! - exclama Ana, ajoelhando, e assim, os três são soltos e Rezende avança nos gêmeos, com passos firmes e nervosos.
 -Não vai ai não muleque. - diz um guarda puxando Rezende para dentro de um helicoptero com as duas garotas.
 No momento em que o guarda encosta a mão no ombro do cidadão, ele simplesmente, se vira, e dá um chute na cara do guarda e diz- Agora ninguém me segura. Os dois vão pagar.
 No momento em que ele chega perto deles, eles começam a lutar, 2 contra um.
 Rezende ficou surpreso com ele mesmo, ele lutava como aqueles ninjas que ele sempre via na TV, daqueles que não param, um reflexo incrível, e Alice, vendo de cima, perplexa, com o que o simples ser que ela encontrara coincidentemente na rua podia fazer.
-Vão me ajudar ou o que?! -grita Rezende para as duas que já estão prontas para ir embora.
-Eu não vou ajudar não.. - disse Alice deitando no banco do helicoptero - Já tava na hora de ele fazer alguma coisa ultil.
-E eu não sei lutar. - disse Suemy, entrando mais para dentro do helicoptero.
-Nossa, então tá beleza- diz Rezende, afastando-se dos dois gêmeos -André, agora!
Inacreditavelmente, uma pequena chama é mantida acesa pelo dedo do estudante, que fecha os olhos, respira fundo, e assopra a chama. O que seria mais provável, ou seja, a chama ser apagada, não aconteceu, mas sim um maçarico que alcançaria 7 metros, a uma temperatura de 700 ºC.
 -É, funcionou -diz Rezende, aparentemente, transportando algo para a palma da mão, o que provavelmente seria o que fornecia o gás da chama, fazendo o fogo de 700 cm triplicar de tamanho, e a chama que era lançada de suas mãos se faz gigante.
 -Meu, da pra andar logo? - perguntou Alice impaciente - Eu to com sono!
-Ai ja vai! - disse Rezende (finalmente) entrando no helicoptero e deixando que o piloto os levasse para a base.
 E os três voam para a base, vendo os dois gêmeos com a pele bastante queimada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário